quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

E-N-T-R-E-V-I-S-T-A,





Danilo Gentili, 28, viu sua vida mudar em 2008. Na rua, ele passou a ser o "CQC" -já que é uma das estrelas do programa "Custe o Que Custar" da Band, emissora com a qual tem contrato até o fim de 2009.

Danilo Gentili diz que as pessoas nas ruas de SP o chamam de "CQC"
Apesar do sucesso repentino, o comediante continua com o trabalho de comédia stand-up, que lhe abriu as portas da televisão.
Gentili começou no teatro após mostrar um texto para a humorista Marcela Leal. E logo emplacou como stand-up com seu estilo tímido, desajeitado e muito engraçado.

Questionado se a fama está ajudando nas conquistas amorosas, o paulista de Santo André mostrou ter um lado bem mineiro: "Estou 'pegando' mais garotas, mas essas coisas a gente não fica falando (risos)".

O que mudou na sua vida após a entrada no "CQC"?

Cara, mudou muita coisa. Eu já tinha um reconhecimento do meu trabalho no teatro, mas, agora, ele é bem maior. Uma coisa que mudou foi o meu nome. Eu não chamo mais Danilo, agora meu nome é "CQC". O cara passa na rua e fala "E aí, 'CQC'?" (risos).

Como você entrou no programa?
O Diego Barreto, o diretor do "CQC", me assistiu no "Clube da Comédia" [espetáculo de humor stand-up de São Paulo] e me convidou para fazer um teste. Fiz uma entrevista com o cantor Agnaldo Timóteo e passei.

Seu grande sucesso inicial no "CQC" foi o quadro do Repórter Inexperiente. Você se arrepende de não ter gravado mais entrevistas antes da estréia do programa?

É uma mistura de sentimentos. Eu gostaria, sim, de ter feito muito mais. Porém, durante o processo, eu estava de saco cheio e achava que já estava bom. Mas, se pudesse voltar no tempo, eu teria feito mais, sim.
Você tinha idéia que o "CQC" seria esse sucesso todo?

Não tinha a menor idéia. A Band não tem muita tradição de programa de humor e isso era uma incógnita. Na minha cabeça, eu só pensava: 'Ah, vai ser divertido fazer isso'. Eu apenas gravava com prazer.

Além de comediante, você também é repórter na prática. Como você encara o cotidiano de jornalista?
Tem dia que é foda. Na matéria do Daniel Dantas ,banqueiro preso pela Polícia Federal, por exemplo, o processo não foi nada prazeroso. Cheguei na pauta às 8h e só saí de lá às 22h. Mas o resultado final foi um prazer, que compensou toda aquela espera.

Como é a relação entre vocês do "CQC"?

A gente trabalha num mesmo programa, mas não trabalha junto. O Rafael Cortez faz as matérias dele, o Felipe Andreoli, as dele, e o Oscar Filho, as dele. A nossa relação é de trabalho. Eu adorei fazer a cobertura do debate dos candidatos à Prefeitura de São Paulo. Tem uma amizade também. Sou amigo do Cortez, apesar dele ser gay, e do Andreoli, apesar dele ser bi (risos).
Ficar famoso mexeu com você?

Eu não acho que fiquei famoso. Eu tenho a sorte de trabalhar em algo que o público vê com carinho. Eu não tenho a ilusão da fama. A gente está numa roda-gigante, amanhã pode baixar.

Você tem contrato com a Band até quando?

Até o fim de 2009.
Você iria para uma outra emissora?

Sempre vou optar pelo veículo de permitir eu ser o mais autoral possível. O "CQC" segue a linha de produção da TV, na qual a matéria passa pela mão do produtor. Mas, ainda assim, eu tenho uma parcela muito autoral, que em outros programas seria difícil de existir.

Você acha que programas como o "CQC" e o "Pânico na TV" ajudaram a alegria do público aumentar?

Ajudou um pouco, mas não foi tudo isso. Eu, por exemplo, já tinha dois anos de trabalho. Tenho um amigo humorista, o Bruno Motta, que não está fixo em nenhum programa de TV e consegue viver do humor. Ele lota teatro pelo Brasil inteiro e foi pioneiro nisso. A comédia está bem estruturada. Meu nome está no "CQC", sim, e é claro que isso agregou valor, mas eu já lotava teatro antes.

Por que você acha que o humor faz tanto sucesso atualmente com o público?

O sucesso da humorização não é novidade. É um gênero de humor tradicional nos Estados Unidos e na Inglaterra. Essa geração nova, à qual pertenço, conseguiu lidar com a linguagem do stand-up e adaptá-la ao Brasil. Crescemos assistindo aos seriados americanos e a internet ajudou bastante. Criamos uma forma de fazer stand-up bem brasileira. O stand-up é o bê-á- do humor.

Quem são seus ídolos no humor?
Cara, eu não sei. Tem muito comediante que eu admiro, mas não tem um que digo: ah, esse é meu ídolo. Acho que quanto menos referência, mais autoral a gente consegue ser.
Você tem um jeito meio desastrado e tímido. Isso é uma criação ou você é mesmo assim?

Eu não criei, até porque nem ator eu sou. A única coisa que eu construo é o texto. O resto sou eu mesmo, um pouco exagerado, porque o palco é uma lupa.

Que tipo de humor tem no seu novo espetáculo?

A gente fala do dia-a-dia, das neuras da cidade grande, de relacionamento familiar, de namoro, da vida moderna, de tecnologia. Enfim, nosso cotidiano visto pela ótica do humor.

Como você constrói piadas de seu repertório?

Tem piada que vem pronta na cabeça. Agora tem piada que eu falo: 'Quero falar sobre isso aqui'. E tem piada que invento no palco na hora.

Você já sofreu com humoristas que roubaram piadas suas?
Todo comediante tem ciúmes das suas piadas. A gente sempre sofre. No meio tem gente que rouba e também há casos de coincidência. Digamos que 90% da turma é do bem (risos).

O sucesso está te ajudando com as mulheres?
Está igual... Estou solteiro (risos).

Mas você está ou não "pegando" mais garotas?

Estou (risos). Mas essas coisas a gente não fica falando (risos).
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Mais uma entrevista (:
Gente,essa é a última postagem até sexta,porque eu fiquei em recuperação,mas eu prometo que sexta eu posto.
Comigo é assim:Prometeu?Agora cumpre!
Ah gente!Tá rolando a enquete "Quem você quer na Entrevista?"
São os mesmos candidatos da Tudo sobre,ok?
Bjs,
Nathy ;**

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